Extração e quantificação de fluidos

A caracterização petrofísica de rochas reservatório geralmente é precedida da remoção de seus fluidos saturantes. No caso da extração de água, ela pode ser quantitativa, permitindo medir a saturação irredutível (Swi) de uma amostra retirada de um poço reservatório.  Dentre os vários métodos disponíveis, o da extração contínua por solventes e o da destilação são os mais utilizados [1].

Figura 1- Aparato para limpeza de amostras por extração contínua, extrator Soxhlet, (esquerda). Aparato para quantificação de água por destilação, Dean Stark ,(direita).

Limpeza de amostras por extração contínua – a amostra é disposta na câmara de extração do Soxhlet, no qual o solvente (ex. tolueno, para a remoção de óleo, ou metanol, para água e sal) é aquecido sob refluxo, Fig.1 (esquerda). O vapor do solvente goteja sobre a amostra preenchendo a câmara de extração, até ser sifonado de volta para o balão de destilação, carregando dissolvidos os fluidos extraídos da rocha. Diversos ciclos de extração se repetem continuamente até que todo o óleo, ou água e sal, sejam removidos da rocha e acumulados no balão de destilação.

Quantificacão de água por destilação – a amostra é disposta na câmara de extração do extrator Soxhlet e aquecida com tolueno sob refluxo, Fig.1 (direita). A água presente no poro é vaporizada pelo tolueno quente que goteja sobre a amostra, e em seguida condensada no Dean Stark, juntamente com o vapor de tolueno. A água, mais densa, fica retida no Dean Stark, enquanto o tolueno, menos denso, retorna ao extrator para um novo ciclo de extração. Nesse processo o óleo também é removido da amostra, se acumulando no balão de destilação.

1 – American Petroleum Institute, 1998. Recommended Practice for Core Analysis, RP 40, 2nd ed. API, Washington